Saudações,
Prezando pela veracidade dos fatos e objetivando informar aos colegas que, por razões diversas, não se fizeram presentes, passamos a relatar.
Primeiramente, tivemos uma participação maciça dos Polícias Civis de todo o Estado. Destacamos a presença marcante dos colegas de Petrolina, Salgueiro, Serra Talhada, São José do Belmonte, São José do Egito, Pesqueira, Belo Jardim, Arcoverde, Caruaru, Limoeiro, Carpina, São Lourenço da Mata, Nazaré da Mata, Vitória de Santo Antão e Região Metropolitana.
Com o INÍCIO DA ASSEMBLÉIA, as ruas e imediações do SINPOL, restaram tomadas pela nossa corporação. Talvez, pela primeira vez na história deste sindicato, ocorrera tamanha aglomeração. Este fato chamou a atenção até do presidente do SINPOL, que por vezes, com tom de preocupação e reprovação questionou: “porque antes não tinham tantos policiais interessados no SINPOL e agora se faz presente essa multidão?” Respondemos: Reflexo da incapacidade abissal, insatisfação geral e ação de um Movimento fenomenal.
Obviamente, as falas primeiras foram destinadas e conduzidas pela atual gestão, centralizando-se na pessoa de seu presidente. O qual não apresentou a famigerada proposta, mas, explicou a degradante contraproposta, da proposta que jamais existiu.
a) Nenhum reajuste salarial, apenas houve o enquadramento e a categoria foi enquadrado como QPC-I, na letra - D da tabela do PCCV. O Policial que ingressar na Polícia Civil receberá R$ 2.440,00. Portanto 0% de reajuste. A reposição linear de 5% que o Governo está concedendo a todos Servidores Públicos, os Policiais Civis não tiveram direito.
b) reenquadramento de 2° e 3° nível, funcionando da seguinte forma: acréscimo salarial de 4,75% para os policiais de 0 a 08 anos de casa, passando de R$ 1.220 para R$ 1.279, de 8,2% para os policiais de 08 a 14 anos de casa, passando a receber R$ 1.353; de 14 a 20 anos, acréscimo de 23,11% passando a receber R$ 1502, com 20 anos e um dia a 30 anos de casa passando a receber R$ 1666,50. Os valores salariais propagados pela diretoria são menores que os colocados na tabela do PCCV.
c) Transformação de 160 carga horária em curso correlacionados diretamente com a segurança pública em acrescimento salarial, não tendo sido explicada o quanto, onde, como e quando.
d) tudo isto, CONDICIONADO AO SILÊNCIO DA CATEGORIA ATÉ 2014. Funcionaria como uma Lei da Mordaça ou uma pseudo-maquiagem nos direitos e garantias conquistadas com o PCCV da PCPE desde 2008 e que restam carentes de Lei Complementar para regulamentar.
PROPOSTA do MOVIMENTO fora:
a) reenquadramento de 2° e 3° nível de imediato, com retroativo e acréscimo salarial de 20% para os policiais de 0 a 08 anos de casa, de 20% para os policiais de 08 a 14 anos de casa; de 20% para os policiais de 14 a 20 anos e 20% para os policiais com 20 anos e um dia a 30 anos de casa. Sendo estes aumentos iguais e anuais até 2014, perfazendo um total de 60%;
b) rejeitarmos a supracitada proposta, pelo absurdo e insignificância da mesma;
c) Reabertura da Mesa de Negociações com a presença do MOVIMENTO. Haja vista, legitimidade e representatividade possuem aqueles, os quais, os representados apóiam, confiam e referendam suas ações.
NOS DEBATES, os ânimos se exultaram. Fora possível perceber postura antidemocrática do presidente do SINPOL. O acesso ao carro de som fora controlada por cães adestrados. Por diversas vezes, fora negado direito de resposta sobre comentários de baixa intelectualidade. Além disto, vislumbramos agressões e acusações mútuas de antigos companheiros. Cansados da cena pitoresca, conseguimos, literalmente no grito, conceder a palavra ao nosso MOVIMENTO que, de forma prática e objetiva apresentou, explicou e defendeu a viabilidade da nossa proposta.
NA VOTAÇÃO, foi solicitado aos presentes que levantassem as mãos aqueles que corroboram com a CONTRAPROPOSTA do SINPOL, apenas 30% dos presentes cumpriram essa ordem. Destacamos, que a média de idade daqueles que apoiaram a referida contrapropostas era de 70 anos. E isso não é brincadeira. Isso é fato. Média geral, 70 anos.
Solicitando agora, aos presentes que levantassem as mãos, aqueles que NÃO corroboram com a CONTRAPROPOSTA do SINPOL, 70% dos presentes cumpriram essa solicitação.
Talvez, seja seu desejo afirmar que vencemos. Não faça isso. As ações seguintes a esta constatação, foram um atentado a democracia, prática ditatorial, um desrespeito aos Policiais Civis presentes e uma prova da falta de caráter e covardia da atual gestão.
Pasmo com a derrota, o diretor do SINPOL, tentou nova votação, insinuando que a primeira não valeu. Não conseguindo, pela revolta dos vitoriosos, disse apenas que resta APROVADA A CONTRAPROPOSTA E ENCERRADA A ASSÉMBLEIA. Ato contínuo desceu do carro de som e fugiu correndo para dentro do SINPOL com seus comparsas. Já no interior da sede do SINPOL, sua propriedade particular, haja vista, só tinha acesso quem eles permitissem, fora assinada uma Ata da Assembléia afirmando que a CONTRAPROPOSTA do SINPOL com 30% dos votos fora APROVADA.
Não restem chocados. Por diversas vezes quando questionado, o ilustre presidente deixou transparecer o apego e o cuidado com as causas do Governo. Chegou a afirmar que “deveríamos respeitar a autoridade do Governo e acatarmos essa proposta, haja vista, na policia civil existe hierarquia e devemos respeitá-la”. A garra com que o mesmo defendeu o Governo fora tamanha, que muitos dos presentes sentiram-se enojados, desrespeitados e envergonhados.
Não seria necessário expor que os 70% dos Policiais Civis que foram ignorados e apunhalados permaneceram revoltados na frente do SINPOL. Neste instante, o Movimento aproximou seu carro de som e realizou um pronunciamento oficial sobre o ocorrido e as posturas que serão adotadas. Dentre estas, podemos destacar solicitação da intervenção imediata do Poder Judiciário, objetivando convalidar a rejeição de 70% dos Policiais Civis a CONTRAPROPOSTA do SINPOL.
Entristecidos com as cenas de pura imaturidade e falta de preparo da atual gestão do SINPOL, porém, com as cabeças erguidas e cientes do dever cumprido, somos sinceros em afirmar que talvez não tenhamos tempo de reverter este miserável acréscimo salarial. Tanto pela morosidade do Judiciário, quanto pelo fato de já restar tudo pronto e acabado, inclusive, já materializado em lei. Haja vista, como o próprio presidente do SINPOL disse: “essa é a Lei que esta na mesa do Governador para ser assinada e vocês estão rejeitando, isso é uma afronta ao preceito da hierarquia”.
Ao findar, nos reportamos à letra da canção que diz: “Se os bons combates eu não combater, minha coroa não conquistarei. Se minha carreira eu não completar, de que vale a minha fé tanto guardar”.
Como guerreiros, combatemos em uma guerra de poder, futuros políticos, aconchavos e contrapropostas sem qualquer proposta. Como hérois conquistamos nossas coroas, ao gozarmos da satisfação de vermos nossa corporação unida. Como servidores públicos contemplamos e valorizamos nossas carreiras ao dizermos NÃO em maioria. Otimistas que somos, acabamos aumentando nossa fé no Movimento e no poder de nossa união.
Não tinhamos obrigação alguma com o Governo em aprovar ou acatar suas determinações, tanto que rejeitamos estas esmolas. Já não podemos dizer o mesmo do presidente do SINPOL. Este que, apresenta-se tão corrompido e comprometido com a sua classe governista que enoja e envergonha a corporação que diz representar e defender. Ele tinha o dever de aprovar a contraproposta sem proposta e assim o fez. Caso contrário, com que cara ele iria chegar amanhã e dizer me apoie para vereador, eu cumprir com o que o Dr mandou, me ajude Dr.
Esclarecemos que um braço do Movimento irá viabilizar a intervenção judicial contra as práticas inconstitucionais e imorais vivenciada nesta farça que fora a Assémbleia do dia 09.06.2011. Haja vista, questão salárial não é um prato feito, posto sobre a mesa e seu conteúdo empurrado pela guela abaixo dos Policiais Civis de Pernambuco.
O outro braço do Movimento, começa a traçar as novas progeções e ampliar os apoios. Como uma das nossas propostas é descentralizar o SINPOL, instalando subsedes regionais pelo Estado, iremos iniciar nossas visitas e o contato corpo a corpo, priorizando e prestigiando as cidades e os apoios que nos prestigiaram nesta data.
Fomos obrigados a voltar parte das nossas preocupações e atenções para Eleição do SINPOL em OUTUBRO. Posto que, não podemos permitir novamente que 30% dos Policiais Civis, com média de idade de 70 anos, reeleja algum outro Leite ou Marinho para o SINGOV. Literalmente, temos que renovar nosso SINPOL.
Agradecemos todos os Policiais Civis que apoiaram e puderam se fazer presentes hoje. Compreendemos a situação dos colegas que restaram impedidos de comparecerem. Parabenizamos pela coragem em dizer NÃO. Sentimo-nos honrados pelo apoio e confiança. Estamos emocionados em contemplar a materialização da união da PCPE.
Não poderíamos finalizar sem deixar de agradecer a unidade do IHENE e aos doadores de sangue. Dr. Paulo Gustavo e, principalmente, Samuel Victor restam eternamente agradecidos pelo gesto de solidariedade.
Por fim, sem esquecer em momento algum existiu melhoria salarial para toda corporação, conclamamos todos para os novos desafios que surgem em nosso horizonte.
Lembrem-se a derrota não é o fim. Saber quais são nossas fraquezas e limites, nossas fragilidades é o ponto chave para nos tornarmos FORTES.
“Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não derrotados”. 2.Coríntios:4.8-9
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