
Em data próxima passada, dia 24/01/2012, nossa Associação MIPC-PE, através de seu
Diretor Jurídico e mais alguns Policiais Civis foram ao SINPOL representar pela
imediata deflagração da Campanha Salarial deste ano, tendo-se em conta a
iminência de sua data-base reclamar e urgir um projeto diretor pronto e acabado
para instauração do dissídio com o Governo do Estado.
Nessa nossa ida à cúpula do SINPOL o assunto foi tratado com
bizarrices pela presidência e pela diretoria do sindicato, que hostilizou a
idéia, pelo fato de sua iniciativa e pela questão de seu ineditismo, revelando
que tal discussão nunca teve nenhuma relevância naquele órgão, nunca tendo sido,
ali, sequer, tratada com a seriedade e com o zelo que o assunto impõe. Contrariamente
a isto, vimos Marinho e seus colaboradores reiterarem tributos ao desastre
salarial que a Classe ficou submetida até 2014.
Fomos enfáticos em dizer que os percentuais propostos e
reciprocamente aceitos pelo SINPOL eram migalhas, migalhas e mais migalhas. Ajustes
anuais de 8% (oito por cento), 8% (oito por cento) e finalmente 14% (quatorze
por cento) retratam o erro, o desinteresse e a má-fé da política sindicalista
do SINPOL para reposição das perdas salariais dos Policiais Civis do Estado de
Pernambuco, e que se ali estávamos era para impedir novos erros e novas
ocorrências de má-fé.
Discutimos sem meias-palavras, mas, como bem o sabemos agir à
maneira Cláudio Marinho é agir contra os interesses da Categoria e em favor do
Governo do Estado, sempre. A incoerência e a demagogia lhes impedem de falar a
verdade, e mentindo, como de costume, publicou que a “campanha
salarial acontecerá, como todos os anos, oficialmente, de forma coletiva,
através do sindicato junto as demais associações de classe” (sic), reeditando,
inclusive, o velho clichê: “Não reconhecemos um movimento que tenta fracionar a
luta que é de toda a categoria”.
Ora, sem embargo de ser o sindicato o órgão classista para
promover o dissídio, repudiamos mais essa mentira e mais essa demagogia do
presidente do SINPOL, que tenta, sem razão, barrar as ações de seguimentos organizados
da PCPE, como nosso MIPC-PE, quando se insurgem contra burradas que o sindicato
comete ou vai cometer, por incompetência ou má-fé, penalizando a categoria.
Hoje o SINPOL é eminentemente um sindicato desmoralizado e
promotor de ações temerárias contra a própria Polícia Civil. Ele é um órgão
gerador de insegurança institucional, não passando de mera representação
burocrática e ineficaz. Ele se distancia das ações próprias de um sindicato
quando pratica o discurso do Governo e quando funciona como comitê eleitoral,
escancaradamente. Ele não possui nenhuma idoneidade junto a Categoria para
advogar uma campanha salarial, principalmente se ela se propõe a repor perdas.
Nossa Associação MIPC-PE quer e essa é a vontade de toda
Categoria, ganho salarial. Não
poderemos mais, até por uma questão de honra, continuar como uma das polícias piores remuneradas do
País. Isto é vergonhoso e não se coaduna com a propaganda oficial do
governo de que Pernambuco é o Estado mais próspero do Nordeste e cuja economia
é uma das mais aquecidas e arrecadadoras no contexto Nacional.
Assim, pouco importa o que diz ou pensa o presidente do
SINPOL. Deflagremos a campanha salarial nem que seja na marra. Estamos na vida
real. Hoje o Policial Civil se atola em consignados, vende sua dignidade ao
Governo do Estado, passa necessidade, passa miséria, passa até fome. Enquanto somos
periclitados, Cláudio Marinho anda de carro importado, veste roupa de marca,
calça sapatos caros e esbanja o dinheiro que o SINPOL arrecada com nossas
contribuições.
Pois bem, quando a gente vai lá e pressiona esse sujeito a
romper com os termos do acordo que ele fez com a Administração ele publica no pasquim do sindicato que querem fragmentar
a categoria. Esse discurso safado dele é repugnante e afronta
cada policial que expõe a própria vida para dar segurança à sociedade. Vamos
fazer pressão nesse desqualificado para termos salários que nos deixem indenes.
Vamos calar a boca desse demagogo e falastrão.
Vamos encetar o discurso de que o Policial Civil é um
especialista, portanto, o único
agente público legalmente apto a desempenhar a função estatal de investigador
de crimes, devendo-lhe, pois, o Estado, ainda que não seja o pensamento
do sindicato, o pagamento de um salário diferenciado, privilegiado e
condizente com essa função.
A questão da Segurança Pública implica ações seguras de quem
a faz. Somos a única Categoria que o erro significa atentar contra a vida ou a
liberdade individual, seja ela própria ou de terceiros. Conscientizemo-nos.
Emmanuel
Egberto de Araújo Filho.
Diretor Jurídico
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