
No
dia 24.05.2012, a Associação Movimento Independente dos Policiais Civis de
Pernambuco, através do ofício nº 043/2012 noticiou ao Ministério Público do
Trabalho de Caruaru às péssimas condições de trabalho dos Policiais Civis de
Pernambuco.
No
mesmo dia ocorreu uma audiência presidida pela Drª Jailda Eulídia da Silva
Pinto, Procuradora do Trabalho e a convite do MIPC-PE participou um
representante da ADEPPE e da ADEPOL DO BRASIL, o qual noticiaram todas as
irregularidades que envolvam o Meio Ambiente do Trabalho, inclusive a
insalubridade nas unidades policiais.
No
dia 31.05.2012, aconteceu na cidade de Caruaru/PE, audiência de mediação
proposta pelo Ministério Público do Trabalho, entre a Associação Movimento
Independente, ADEPPE, ADEPOL DO BRASIL e os representantes do ESTADO.
A
Associação se fez presente com seu presidente Diego de Almeida Soares; seu
diretor jurídico, Francisco Souto; seus diretores Leonildo Pinto Negreiros e Cléber
Leandro, enquanto a ADEPPE estava representado por seu presidente Flaubert
Queiroz.
A
mediação foi dividida entre diversos pontos:
1º ponto - Péssimas
condições do meio ambiente de trabalho: A solução
proposta pelas entidades classistas foi dotar cada unidade policial com
autonomia administrativa e financeira, ou seja, o Delegado seria o responsável
por gerir a sua unidade promovendo pequenos consertos, além de manter um mínimo
de salubridade e higiene no ambiente do trabalho. Além disso, o ESTADO
apresentará novo projeto orçamentário para que todas as unidades policiais
tenham acesso a uma prestadora de serviços para limpeza nas respectivas
unidades, através de um contrato.
2º ponto – Locação ou
Construção de Imóveis: A solução proposta pela
Associação MIPC-PE foi que a Procuradoria Geral do Estado simplificasse o
processo para locação dos imóveis e que o ESTADO, através de um processo de
licitação contratasse empresas para reformar as unidades locadas e próprias,
além de uma manutenção contínua, pois não adianta somente locar se não houver
os reparos necessários. A proposta será
analisada pelo ESTADO que dará uma resposta em 90 dias.
3º ponto – Horas
Extraordinárias e Adicional Noturno: O MIPC-PE
solicitou o imediato pagamento dos respectivos adicionais, além de elaboração
de um PARECER sobre a ilegalidade do Decreto que institui o Programa de Jornada
Extraordinária de Segurança e a legalidade do pagamento das horas extras. As associações insistiram que a única
solução para o problema é o cumprimento da Lei 10.466/90, a qual prevê o
pagamento de horas extras em casos de sobrejornada, limitando a 60 horas mensais,
o que no nosso entendimento, resolveria inclusive a questão de agraciamentos e
privilégios, já que cada servidor estaria limitado á 60 horas mensais,
proporcionando desta forma uma melhor distribuição das horas extraordinárias
para aqueles que desejarem aderir.
4º ponto – Equipamentos
de Proteção Individual: A diretoria do MIPC-PE noticiou
a falta de EPI’s para os policiais civis, como colete balístico, informando que
os poucos existentes encontra-se vencidos. A Procuradora oficiou o Delegado
José Silvestre de Oliveira Júnior para que comunique quais os equipamentos de
proteção individual devem ser entregues aos policiais civis, bem como a
situação de aquisição e entrega ao efetivo da Polícia Civil.
A
Procuradora do Trabalho, Drª Jailda marcou para o dia 31.08.2012 às 9 horas uma
audiência para que o ESTADO se manifeste acerca dos pontos acima elencados.
2 comentários:
Medidas idênticas devem ser adotadas em outros municípios, ou melhor em todos os municípios.
Osmar Silva Santiago.
O MIPC está de parabéns pela corajosa iniciativa! A classe agradece.
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