A reclamação foi feita pela
Associação dos Delegados, com base em reportagens da Folha e do jornal
"Oeste Notícias" sobre a central de escutas criada em 2006.
09.01.2013
Desembargadores
de São Paulo pedem que a Corregedoria do Tribunal de Justiça investigue se conversas
telefônicas entre eles e jornalistas foram monitoradas por uma central de
escutas da Polícia Militar em Presidente Prudente (SP). A reclamação foi feita
pela Associação dos Delegados, com base em reportagens da Folha e do jornal
"Oeste Notícias" sobre a central de escutas criada em 2006, pelo
secretário de Administração Penitenciária na época, Antônio Ferreira Pinto. O
objetivo da ferramenta é monitorar presidiários.
Um
dos desembargadores que afirma ter sido vítima das escutas é Dr. Xavier de
Aquino, do Órgão Especial do TJ. O nome de Xavier foi citado pelo radialista
João Alkimin, de São José dos Campos. O radialista, que tem um blog que aborda
segurança pública, disse que um PM lhe mostrou transcrições de conversas suas
com várias pessoas, entre elas quatro desembargadores.
O
delegado-geral, Luiz Maurício Blazeck, disse que a Polícia Civil investigará
acusações feitas por Alkimin e pela Associação dos Delegados. Já o
desembargador Antônio Carlos Malheiros, da área da Infância e Juventude do TJ,
disse que irá procurar o corregedor e o presidente do tribunal, Ivan Sartori. Segundo
ele, a investigação precisa ir a fundo. Ele entende que é obrigação da Justiça
oferecer uma justificativa para a realização dessas escutas.
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