Um dos pontos que ainda não foi
aplicado é a integração dos dois sistemas de controle de armas no país.
22.01.2013
Segundo
especialistas, mesmo após quase dez anos de vigência, o Estatuto do
Desarmamento (a Lei 10.826/2003) ainda não foi totalmente implementado. Um dos
pontos que ainda não foi aplicado é a integração dos dois sistemas de controle
de armas no país: o Sistema Nacional de Armas (Sinarm), da Polícia Federal, e o
Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (Sigma), do Exército. Segundo o
Decreto 5.123/2004, que regulamentou o estatuto, a integração deveria ter
ocorrido até julho de 2005.
Mesmo
com algumas brechas, a diretora do Instituto Sou da Paz, Melina Risso, diz que
a aprovação da lei trouxe um impacto positivo no que diz respeito à redução da
violência. Ela diz que, de acordo com o banco de dados do Sistema Único de
Saúde (Datasus), houve significativa redução no número absoluto de mortes por
armas de fogo no país desde a aprovação do Estatuto do Desarmamento. Segundo Melina,
no início da década passada, 80% das mortes por causas externas no país eram
provocados por armas de fogo. Hoje, o percentual é pouco abaixo de 70%.
Para
a diretora da ONG, para que a queda seja maior, o estatuto precisa ser
plenamente implementado. Ainda assim, segundo ela, o desarmamento é apenas uma
parte da política de segurança pública, que deve incluir também melhoria das
instituições de segurança, investimentos na inteligência policial e na
investigação.
Entrega de armas - Desde
2004, já foram entregues 616.446 armas por meio da Campanha do Desarmamento,
prevista pelo Estatuto. Segundo dados do Ministério da Justiça, há mais de dois
mil postos de recolhimento espalhados pelo país. As armas recolhidas são
destruídas e inutilizadas no ato da entrega.
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