08.04.2013
A
Associação Movimento Independente dos Policiais Civis de Pernambuco (MIPC/PE) recebeu
diversas denúncias de irregularidades praticadas contra os servidores que estão
trabalhando no Espetáculo da Paixão de Cristo, em Fazenda Nova. Dentre as denúncias
estão: diárias atrasadas, péssima estrutura de acomodação, desvio de
atribuições e não pagamento de horas extras e adicionais noturnos.
O
Governo não pagou a diária, com valor de R$ 54,00 que deveria ser repassada com
antecedência. Esta quantia é irrisória e não cobre nem a alimentação. Segundo alguns
policiais, o valor das refeições - praticados pelos comerciantes de Fazenda
Nova, é exarcebado. “Uma simples refeição para três pessoas custa, em média, R$
100 reais. Não podemos viver de espetinho de carne e água mineral”, afirmou um
servidor que não quis ser identificado.
Os
policiais civis da Delegacia do Turista e da CORE estão dormindo em uma casa
sem nenhuma estrutura física, acomodados no chão, por não possuir camas
suficientes. “A prefeitura colocou uma pessoa para nos dar suporte, que está
ganhando o valor de R$ 600 por esses dias trabalhados. Enquanto isso, os
policiais civis ainda não receberam a diária de R$ 54,00 que não supre a
necessidade precípua nem do deslocamento”, afirmou uma das autoridades
policiais no local.
Outro
problema enfrentado pelos policiais civis é o desvio de atribuições. Eles estão
sendo obrigados a trabalhar como seguranças particulares. Muitos servidores
estão revoltados por estarem “literalmente” exercendo a função de segurança particular
dentro do espetáculo. Eles são obrigados a fazer cordão de isolamento dos
atores durante a encenação da Paixão de Cristo!
MIPC/PE em ação - O
MIPC/PE estará cobrando da Secretaria de Administração as diárias, a
gratificação de hora extra, além do adicional noturno dos policiais civis
associados no âmbito administrativo. Caso o problema não seja resolvido,
buscaremos solucioná-lo pela via judicial.
Diante
dessa situação revoltante, no próximo ano, o MIPC/PE procurará combater estas
práticas arbitrárias do Governo do Estado. “Vamos procurar solucionar as
demandas administrativamente, se não formos atendidos em tempo hábil
procuraremos os meios legais. O que não pode é deslocar pais e mães de família
que são policiais civis para Fazenda Nova, sem nenhuma estrutura física, sem os
pagamentos de diária, do adicional noturno e horas extraordinárias, para
exercer atribuições incompatíveis com a função de Polícia Judiciária e satisfazer
os interesses de terceiros. Neste ano, reivindicamos aos gestores que só
escalassem os servidores de forma voluntária e assim foi feito”, afirmou Diego
Soares, presidente do MIPC/PE.
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